RIO RECEBE NOVAS DOSES DE VACINA DA FEBRE AMARELA
30/03/2017 » Ascom da Secretaria de Saúde
Materiais serão destinados a 28 municípios listados como estratégicos
O Estado do Rio de Janeiro receberá novos lotes de vacinas nesta quinta-feira (30/3), para destinação aos 28 municípios listados como estratégicos, com base na constante avaliação do cenário epidemiológico no país. As prefeituras poderão fazer a retirada de suas doses tão logo os lotes sejam entregues pelo Ministério da Saúde, conforme garantido em reunião realizada na manhã de hoje. Em Brasília deste ontem, onde defendeu a imunização em larga escala no estado, o secretário de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Jr., detalhou a estratégia de vacinação no território fluminense, que vem sendo adotada de forma preventiva desde janeiro, antes mesmo de os primeiros casos terem sido confirmados no estado.
– Precisamos da garantia de novos lotes de doses da vacina para dar continuidade à estratégia de imunizar toda população fluminense. Entre os 64 municípios avaliados como prioritários, 36 já tiveram disponibilizadas doses em quantitativo suficiente para imunizar seus habitantes. Com a garantia que recebemos do governo federal, as demais 28 poderão continuar com suas vacinações em seus postos de saúde, até que tenhamos nova disponibilização de doses pelo Ministério – explicou Luiz Antonio Teixeira Jr., secretário de Saúde.
Na próxima terça-feira (4/1), uma nova reunião técnica no Ministério da Saúde está prevista para definição do fluxo de fornecimento de novos lotes de vacinas para os estados.
Prioridade para habitantes de áreas mais vulneráveis
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Em todo o estado, a estimativa é de que sejam necessárias entre 8 e 9 milhões de novas doses para imunização de cerca de 12 milhões de pessoas, nos 92 municípios, até o fim deste ano. Com base na avaliação do cenário epidemiológico no território fluminense e nos estados vizinhos (Minas Gerais e Espírito Santo), a Saúde listou 64 municípios prioritários para imunização.
Destes, 36 já tiveram disponibilizadas as doses necessárias para a imunização de seus habitantes. São eles: Aperibé, Areal, Bom Jardim, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Cantagalo, Cardoso Moreira, Carmo, Casimiro de Abreu, Comendador Levy Gasparian, Conceição de Macabu, Cordeiro, Duas Barras, Guapimirim, Italva, Itaocara, Itatiaia, Laje do Muriaé, Macuco, Miracema, Natividade, Paty do Alferes, Porciúncula, Quatis, Rio Bonito, Rio das Flores, Santa Maria Madalena, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São José de Ubá, São Sebastião do Alto, Sapucaia, Silva Jardim, Sumidouro, Trajano de Moraes e Varre-Sai.
Os 28 municípios considerados prioritários são: Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Cachoeiras de Macacu, Carapebus, Engenheiro Paulo de Frontin, Iguaba Grande, Itaperuna, Macaé, Magé, Miguel Pereira, Nova Friburgo, Paraíba do Sul, Petrópolis, Quissamã, Resende, Rio das Ostras, São Francisco de Itabapoana, São José do Vale do Rio Preto, São Pedro da Aldeia, São João da Barra, Saquarema, Tanguá, Teresópolis, Três Rios e Valença.
Organização para vacinação nos municípios
A estratégia de como se dará a vacinação em cada cidade deve ser definida por cada uma das 92 prefeituras, observando a disponibilidade de doses pelo Ministério da Saúde, a capacidade operacional - como número de postos e pessoal capacitado para o trabalho -, além do armazenamento correto das doses, para que não haja perda de vacinas.
Produção de vacina
No Brasil, a vacina contra febre amarela é produzida pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, e entregue ao Ministério da Saúde para definição da distribuição aos estados. Desde o início do ano, o RJ já recebeu mais de 3,1 milhões de doses, retiradas pelos 92 municípios de acordo com suas próprias estratégias vacinais.
- Com base nos pedidos de reposição enviados pelas prefeituras, podemos estimar que 80% do quantitativo já disponibilizado foi utilizado pelas secretarias municipais de Saúde.
No RJ, nossa estratégia está sendo definida com base na avaliação constante do cenário epidemiológico e vulnerabilidade dos municípios, priorizando áreas rurais e de matas, uma vez o vetor que transmite a doença é o silvestre. Desde de janeiro, estamos focando os esforços nos municípios localizados nas divisas com Minas Gerais e Espírito Santo e fomos ampliando a lista de cidades prioritárias, avaliando a evolução do cenário epidemiológico - detalha Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde.
Prioridade para habitantes de áreas mais vulneráveis
Para dar apoio aos municípios prioritários, a Saúde viabilizou uma parceria com o Corpo de Bombeiros e com a Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) para que os agentes de saúde municipais possam agir de forma proativa, chegando às zonas rurais mais distantes e áreas de difícil acesso. Em Casimiro de Abreu, município onde foram confirmados os primeiros casos no RJ, a Saúde esteve presente com o hospital de campanha, que imunizou mais de 6 mil pessoas em 48h.